segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Eu Entrevisto: Sario Ferreira!


Olá, Paísianos!

Aqui estou eu mais uma vez.
91p9T649IyL._SL1500_ Sinopse
Há sessenta anos, Zophar, o reino dominante do continente de Ardória, trava uma guerra implacável pelo extermínio de seus nativos, os homens negros do deserto e das savanas, chamados de povo “Sombrio”.
     O jovem e respeitável Sagrarius é um d’Os Dez temidos generais zopharianos que assumem a frente da duradoura guerra e se prepara junto ao exército para o ataque á última fortaleza sombria, ansioso por fazer justiça pelo Reino e por seus próprios motivos. Entretanto, justo quando a realização dos objetivos heroicos do general já é dada como certa, um chamado divino acalenta seu ódio e uma revelação catastrófica mostra a Sagrarius a verdadeira e terrificante face por trás dos ideais incorporados pelo Reino de Zophar… e consequentemente por ele próprio, despertando-o para uma jornada em que o conflito de convicções, crenças, verdades e justiças trilharão seu rumo por entre viagens, aventuras e confrontos em busca do equilíbrio de suas virtudes e de sua redenção.




Esta é uma entrevista com Sario Ferreira, autor de: O Despertar do Paladino (Série Sagraerya, livro 1).
    Confira a entrevista a seguir e conheça um pouco do que lhe aguarda no mundo de Arya!

Vamos à entrevista:


WanGo’s Lain – Olá, Sario. É bom tê-lo aqui no site! Fale-nos um pouco sobre você e seu início na Literatura?

    Sario Ferreira –  Foi culpa do meu pai. Ao menos de início. Passei minha infância vendo meu pai indo trabalhar com um livro debaixo do braço. Bem, ele era taxista, então gostava de ler enquanto aguardava nas filas de táxi por algum passageiro. Eu ficava olhando os tantos livros que ele tinha da coleção “branca” da abril, e isso deixou semeado em meu coração que ler era legal. Li revistas em quadrinho adoidado quando criança, depois, na quinta série, me lembro de ter pegado meu primeiro livro pra ler, dessa vez por culpa da escola: O Escaravelho do Diabo, da lendária Coleção Vagalume. Daí em diante foi só piorando, haha. Descobri que a biblioteca de qualquer escola era um lugar fantástico demais para não ser frequentado. Mais tarde, descobri um jogo estranho, onde um participante contava histórias de aventura e outros interpretavam personagens dentro delas – Era o Role-Playing Game, também conhecido como RPG. Achei fabuloso aquilo e, desde o início, assumi a função do contador de histórias do jogo, “O Mestre”. Essa foi a gênese de minha vontade de escrever, que levou a consequências como ler cada vez mais livros de fantasia, me formar em letras, conhecer outros estilos diversos dentro da Literatura e terminar por criar meu próprio projeto literário de fantasia.

Lain – Como surgiu a ideia para o livro? Conte-nos um pouco sobre o processo de escrita deste primeiro livro?

    Sario F. – Surgiu do Role-Playing Game, sobre o qual contei na pergunta anterior. Eu percebi que gostava muito de contar histórias naquele jogo e era muito prazeroso quando os jogadores ficavam impressionados com a quebra de expectativas ou com a descrição de lugares fantásticos ou com a interpretação de personagens memoráveis. Lentamente, fui sentindo a vontade de escrever fantasia crescer, e ela explodiu quando conheci livros de autores muito bons que também tinham começado no RPG, como a Trilogia do Vale do Vento Gélido (R.A. Salvatore) e as Crônicas de Dragonlance (Margareth Weiss e Tracy Hickman). Antes disso, fui incendiado também com a base de toda a Fantasia Contemporânea: O Senhor dos Anéis (J.R.R. Tolkien). Inicialmente, o enredo de O Despertar do Paladino era apenas algumas páginas da história de um personagem que eu interpretei no jogo de um amigo, mas então ela continuou na minha mente mesmo depois de pararmos de jogar, até que tirei ela da gaveta e a desenvolvi na ideia de criar um livro e, mais tarde, uma série de fantasia.

Lain – Do que trata O Despertar do Paladino? O que o leitor pode esperar encontrar neste primeiro volume da Série Sagraerya?

    Sario F. – Sou péssimo pra sinopsear, haha, porque temo revelar detalhes que preferiria que fossem descobertos no decorrer da emoção da leitura. Mas digo que o livro conta a história de um general participante de uma guerra entre dois povos, um nativo de um jovem continente, o outro explorador. Do lado dominante e favorecido, o militar tem também seus próprios motivos para lutar contra o povo nativo, mas então, quando tudo parece certo e a extinção de seus inimigos é certa, ele terá uma descoberta, e que muda todos seus propósitos até ali. É uma história sobre viagens, aventuras, combates, conflitos e uma jornada épica pelo mundo de Arya, entre monstros e magia, entre fé, redenção e honra, entre o bem, o mal, a inexistência de ambos ou a fé neles. Neste primeiro volume, como o nome sugere, O Despertar do Paladino contará os passos iniciais de General Sagrarius em um caminho que jamais imaginou traçar.

Lain – Especificamente, conte-nos um pouco sobre a (s) Mitologia (s) abordada (s) em Sagraerya?

    Sario F. – A mitologia tem influências mitológicas tolkenianas, nórdicas, greco-romanas, e, bem, uma pitada de muitas outras. As possibilidades mitológicas são muito extensas porque a cosmologia do mundo de Arya favoreceu a criação de muitas formas de vida, de modo que eu não tenho nem a pretensão de esgotar essa fonte, preferindo explorá-la aos poucos, no decorrer dos livros, das séries.
Há 2 deuses fundamentais nas terras humanas dos dois reinos onde se passa o primeiro livro, além de 3 deuses velhos, adormecidos pra sempre, que não mais atendem aos chamados dos mortais.
Os 2 deuses fundamentais são: Mainna, a Árvore-Mãe, uma frondosa árvore titânica que repousa no espírito do mundo cuja energia rege a vida e os espíritos mortais de boas virtudes em Arya; e Klausto, a forma encapuzada e empunhadora da foice Necrossiri que perdeu seu nome e preza pela destruição, pela morte, pelo fim e pela corrupção das virtudes valorizadas por Mainna, aguardando na base do Monte dos Infernos, sob a coluna que sustenta o disco de Arya, por aqueles que se desvirtuam para devorá-los a alma.
Os 3 deuses velhos são entidades que foram uma vez poderosíssimas, responsáveis pela criação das forças elementares do fogo (Imperador Magmus), do ar (Lorde Torna) e da água (Dama Oceânia), que perderam a paciência e a fé nos corruptíveis mortais, depositando sua confiança na irmã, Tureza, a Mãe da Terra, para zelar por Arya – Tureza se uniu com Mainna e ambas são tratadas como uma mesma entidade espiritual.
Há muitos, muitos outros deuses, específicos de regiões, raças e elementos culturais, mas esses que eu disse são mais relacionados a este arco inicial da série Sagraerya.

Lain – Agora fale-nos um pouco sobre as motivações e interesses de alguns personagens?

    Sario F. – Falarei de 3 deles.
Sagrarius é filho de Tredius Dastinour, um d’Os Dez, os generais do Reino de Zophar. Muito novo, perdeu a mãe em uma invasão dos sombrios, os nativos inimigos de Zophar, e decidiu, por vontade própria e incentivo do pai, tornar-se um grande soldado e cumprir vingança pela mãe e pelo reino de Zophar. Mais tarde, depois de muitos anos servindo o Reino, terminou por herdar a posição militar do pai, aproximando-se de cumprir seu grande objetivo. Contudo, Sagrarius descobre revelações em seu coração capazes de questionar a missão de sua vida… a realidade do militar é bruscamente alterada por novas verdades que passa a conhecer. Sagrarius tem força de vontade, honra e uma criação nobre, mas, por estar muitos anos atuando como soldado entre diversas camadas sociais, aprendeu também o valor da humildade. É um homem sério, mas de riso fácil, esforçado em praticar as boas virtudes.
Kirion Maça-Benta é um anão sacerdote de Mainna, mas não se iluda esperando um comportamento santo, delicado e paciente dele, pois Kirion tem jeitos bem… peculiares, eu diria, de professar sua fé na Árvore-Mãe. Com firmeza e retidão em suas atitudes, ele não se importa em enfiar armas na cara do que for contrário às boas virtudes ou falar de bate-pronto o que está pensando sobre tal assunto. Ele não gosta de eufemistas. Kirion, diferentemente de outros sacerdotes entre anões, decidiu dedicar-se a cultuar uma divindade geralmente seguida por humanos. Por quê? Melhor não perguntar, para não ofendê-lo.
Yumura é um bastardo que teve sorte nas desgraças de sua vida em ser encontrado e tutelado pelo mestre de uma influente academia de espadachins. Sem muitos motivos que desviassem atenção da arte espadachim, Yumura tornou-se um dos alunos mais empolgados e aplicados da academia Espadáurea e conquistou o carinho de muitos por seu jeito simples e alegre de ver as coisas, mesmo com seu passado nascido de um revés que poucos teriam estômago para enfrentar com sorrisos no rosto.

Lain – No âmbito da publicação, quais são os maiores desafios dos autores independentes?

    Sario F. – Conseguir além de escrever, coordenar outras atividades importantes pra lançar e manter sua obra no mercado, como divulgar, encontrar bons ilustradores e revisores que não o levem à falência, diagramar, planejar estratégias de marketing, administrar blogs e redes sociais. Conciliação entre a escrita e essas outras tarefas é fundamental para sobrevivência da vontade e do sonho de continuar escrevendo.

Lain – Está trabalhando em algum projeto literário, como a continuação da série Sagraerya? Ou algum outro projeto?

    Sario F. – Estou trabalhando a sequência de O Despertar do Paladino, em ritmo bem suave, além de prestar leituras beta a alguns amigos meus que também se aventuram no mundo da escrita fantástica. Como disse, muitas vezes acabo investindo tanto tempo na divulgação que acabo por não conseguir tempo suficiente para escrever sempre. Quero conseguir terminar o segundo até o segundo semestre de 2017!
Tenho também um projeto de abrir em breve uma sessão em meu blog chamada “Leitura Independente ou Morte!”, na qual indicarei obras de fantasia de autores independentes que estou buscando por aí, resenhando-as e linkando-as em seus respectivos blogs e sites de venda. Inclusive, Lain, sua obra, Perigos Continentais, estará inclusa como a primeira destas indicações. Agradeço pela leitura divertida e reflexiva que ela me foi, diferente de tudo que eu já tinha lido em matéria de fantasia independente.

Algumas perguntas rápidas:

Lain: O que está lendo no momento?

Sario: O Medalhão e a Adaga, do autor mineiro (e independente) Samuel Medina.

Lain: Qual é o livro que mais lhe marcou até hoje?

Sario: Vários! Alguns que me vieram à cabeça instantaneamente: O Retorno do Rei (Tolkien), Grande Sertão: Veredas (João Guimarães Rosa) e Ônix (William Morais).

Lain: O que faz, além de escrever?

Sario: Reviso textos e em breve serei professor. :)

Lain: Um filme que você recomenda?

Sario: Sete Samurais.

Lain: Um link de um post interessante?

Sario: Curiosidades: RPG (Role-Playing Game), da Brasil Escola –

Lain: Uma frase?

Sario: “Apenas ao dominarmos a realidade, conseguimos encontrar o prazer na verdade da fantasia.

Lain: Quem vence numa quebra de braço: Superman ou Batman?

Sario: O Batman consegue arrumar um jeito esperto de quebrar o braço do Superman primeiro.





Então, Paísianos! Se você  se interessou pela obra do autor Sario Ferreira, adquira seu exemplar (e-book kindle) pela Amazon, clicando AQUI.

Confira a resenha que fiz sobre esse primeiro livro da série Sagraerya, clicando  AQUI.
Muito obrigado ao amigo Sario Ferreira, por conceder-me esta ótima entrevista!
.
.
10931442_991769524183838_6629663062618096197_n
     Sou formado em Letras pela PUC Minas e um assíduo devorador de literaturas, especialmente as de fantasia, paixão alimentada por meu contato com o role-playing game, seja por meio dos livros de Dungeons and Dragons ou através de games de enredos memoráveis, como Baldur’s GateChrono Trigger e os velhos Final Fantasies
    Meu projeto literário busca alicerçar as obras em um ambiente High Fantasy diferenciado, mas com familiaridades que esbarram em arquétipos conhecidos do gênero fantasia, em um jogo de “é igual, mas é diferente” no qual o leitor poderá tanto se sentir à vontade quanto ficar sem chão ao se enveredar livro adentro. 
    Além de amante da fantasia, gosto de tentar tocar violão e sou geek de plantão nas horas vagas (cada vez menos vagas). Atualmente, vivo em Belo Horizonte (e em minhas histórias).
    Acesse meu Skoob clicando aqui e conheça minha estante virtual para ter uma ideia de minhas influências literárias, das quais falo também no artigo “SAGRAERYA e suas raízes”.
Para críticas, elogios, parcerias ou conversa fiada, me contate pelo e-mail: sarioferreira@gmail.com






Aqui estive mais uma vez, Paísianos, e agora estou...



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...