Olá, Paísianos!
Aqui estou eu mais uma vez.
A primeira coisa é que você não pode censura-lo.
Ollyver tem mais de treze anos e menos de
quinze. Está sentado e lendo. Ao seu redor a névoa lhe sussurra as palavras de
fantasmas esquecidos, dançando entre as árvores como fumaça
branca-cinza-alaranjada saindo de uma chaminé inexistente.
A Sombra do Fogo lhe observa.
O livro que tem em mãos descreve, através
de palavras conhecidas, um mundo cercado por terras escuras e vastas florestas;
grandes desertos e mares fumegantes; criaturas semi-imaginadas que vagam por
uma terra ignorada e morta… Homens que lutam uns contra os outros, decepando
membros e cantando canções.
Assim é o Reino de Vários Nomes. E assim
são todas as verdades que ele conhece. Todas as verdades que o assustam… Tudo
que por ele é esperado.
Ele carregará tudo consigo. Não o peso do
mundo, pois não há profecias lhe esperando.
Não há vontade de fazer tal sacrifício… Ele
carregará somente verdades.
Isso é tudo.
A Sombra do Fogo lhe observa.
Seus olhos são mortos e cheios de sombras dançantes…
Abominável.
Abençoada… Desgraçada! Sorridente.A Sombra do Fogo lhe observa.
Seus olhos são mortos e cheios de sombras dançantes…
Esta é uma resenha/avaliação de meu livro: PERIGOS
CONTINENTAIS – O Reino de Vários Nomes, feita pelo amigo Sario Ferreira.
Confira:
Mortalmente
original.
Perigos
Continentais: O Reino de Vários Nomes é diferente de tudo que já li em matéria
de fantasia independente.
O
autor nos traz personagens muito substanciais que fogem do perfil chapado de
heróis ou vilões; são reais, com medos, maldades e bondades, enfrentando seus
vários conflitos contra a vida, a morte e si mesmos. O que chama muita atenção
neste mesmo aspecto é que cada um dos seus personagens tem formas muito únicas
de pensamento, então não tente prever suas ações, sumarizá-los e enquadrá-los
em arquétipos que você não conseguirá.
O
cenário também é de uma originalidade diferenciada, pois Wanderson faz questão
de contrastá-los muito, sempre qualidoso na descrição não só física de seus
ambientes, mas da atmosfera e das forças sensitivas/atmosféricas envolvendo
cada um. É muito fácil trazer à memória os lugares que ele nos apresenta, seja
da Floresta Nevoenta às fantásticas pontes-Elevadas.
E se o autor consegue nos
surpreender com a imprevisibilidade de seus personagens e de seus cenários, ele
também o faz com seu estilo literário singular, cujas particularidades poéticas
eu não tinha visto ainda em nenhuma obra de fantasia dos últimos tempos,
independente ou não. A narrativa de Wanderson é uma narrativas de sentires, não
de acontecimentos. É uma leitura que não cabe a você fazer; cabe a você
entregar-se ao livro para que ele próprio te leia, pois a complexidade das
reflexões trazidas pelos personagens exige este acordo. Não o leia, seja parte
do livro e e sinta o jogo proposto por ele.
A única ressalva que eu
ressaltaria na performance qualidosa de Wanderson é que há inconformidades
ortográficas ao longo do livro que facilmente poderiam ser ajustadas por um
profissional revisor, contudo, não caia na besteira de emitir mau julgamento da
obra final por isso.
Só espero que surjam
próximas oportunidades de retornar ao Reino de Vários Nomes, pois passei
estranhamente a enxergar as raízes das árvores de um modo diferente após findar
a leitura interessante que foi Perigos Continentais.
Sario Ferreira,
Blog/Site
É isso, Paísianos! Para
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literários, clique nas guias específicas do menu acima!
Eu estive aqui,
Paísianos, e agora estou...
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